Porém
ao mesmo tempo em que temos esta necessidade de criação cada vez mais
visualizamos um distanciamento nas relações afetivas humanas sejam elas
mãe/filho ou homem/mulher. Percebesse que as relações afetivas estão mais
relacionadas a posse do que verdadeiramente uma simples relação afetiva entre
pares, é marcante o quanto são descartáveis assim como no filme “Inteligência
Artificial” logo que Mônica (à mãe) tem seu filho de volta (filho que estava em
coma) ela passa a tratar o robô com hostilidade.
Estas manifestações corpóreas não são
percebidas pelo robô "David". Este apresentava uma série de
características de pureza em suas ações que não filtram as atitudes de rejeição
de sua mãe, tão pouco conseguia se defender do seu irmão Martin. Ele era
racional, rotineiro, franco e ingênuo. Seu pensamento era tão puro a ponto de
acreditar na existência da Fada Azul. Será que estas características manifestação
corpóreas não estão fazendo falta em nós seres humanos?
Na
leitura do texto “Corporeidade: Uma complexa trama transdisciplinar. In
GONÇALVES; C.J.S. Corporeidade. Revisão do Conceito. Tese de Doutorado. UNIMEP.
2005.”, percebi que a corporeidade tem diferentes aspectos
assim como no filme, foi crescente a relação de criador e criatura e a
dependência do criador com sua criatura. A consciência é uma das principais características
dos seres humanos e se um robô tem esta característica é por que foi inserida
por um humano.
É marcante a conflito interno e como foi
difícil deixar de lado superioridade e
ter que destruir aquilo que criou por medo de ser superado pela sua criação.
Luciane
Soares Xavier
·
Corporeidade:
Uma complexa trama transdisciplinar. In GONÇALVES; C.J.S. Corporeidade.
Revisão do Conceito. Tese de Doutorado. UNIMEP. 2005.
·
A.I. : Inteligência Artificial – EUA, Ficção,
Direção: Steven Spielberg, Warner Home Vídeo,
2001.
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