Muitos foram
os questionamentos e reflexões que me fizeram retornar aos bancos acadêmicos
principalmente por não concordar com inúmeras teorias pedagógicas da
atualidade, porém, ao perceber que não poderia mais lecionar convivendo com
está permissa e que deveria sim ter um ponto de vista embasado deixando de lado
o “achometrô”, embarquei nesta nova e estressante experiência de estudo EAD,
confesso que esta sendo difícil a adaptação tanto com a metodologia de ensino,
quanto com a utilização de diferentes ferramentas de tecnológicas.
Sempre
questionei a respeito do papel da escola na educação, porém, somente lecionando
reconheci a escola como “instituição do saber” de suma importância para toda a
sociedade e que o verdadeiro papel do professor que vai além da transmissão de
conhecimentos aos alunos. Por isso necessito, ou melhor, todos os educadores de
diferentes áreas necessitam de um olhar além, ensinando os alunos a pensarem
sobre o mundo, a sociedade na qual estão inseridos.
Logo com as interdisciplinas (Corporeidade-
Epistemologia e Vivências do Aprender; Escola, Cultura e Sociedade Abordagem
Sociocultural e Antropológica; Escola, Projeto Pedagógico e Currículo;
Seminário Integrador I) apresentadas no primeiro semestre podemos ter já
algumas pinceladas de como pensar na escola como local “preparação” para a
vida, e sua função de preparar cidadãos do mundo.
Assim sendo,
entendo que a proposta de ensino a distância, que se volta para a formação
cultural e científica possibilita a participação efetiva, porém, defronta-se é
com inúmeros problemas até mesmo com a resistência ao novo. E evidente a
necessidade desta nova metodologia de ensino e aprendizagem como prática
educativa inovadora, embasada na implantação e reflexão do conhecimento
compartilhado, que possibilita agir, transformar e refletir.
Consequentemente
estaremos preparados para efetivar as mudanças necessárias na escola, e assim
cumprimos nosso papel que é formar seres que possam pensar a respeito de tudo o
que fazem. Por todas estas breves abordagens, concluo que o curso de Pedagogia
vem transformado minhas expectativas quanto o papel do educador.
Porém a
educação à distância tem me causado uma fusão de sentimentos, sensações e
reflexões, e serão necessárias mudanças bruscas no planejamento e execução das
tarefas, devemos nessa nova empreitada superarmos o medo, enfrentarmos os
desafios e obstáculos possibilitando assim a efetivação da construção do modelo
contemporâneo de ensino efetivando assim a aprendizagem. Futuramente como
educador possa utilizar todas as experiências adquiridas enquanto aluno.
Até o presente momento não utilizei nenhum
método estudado em minhas aulas. Achei interessante o método globalizado onde
todos os conteúdos de aprendizagem são organizados a partir de situações e
temas independentes de matérias não descartando os conteúdos disciplinares
mesmo que eles não sejam base para sequência didática.
Concluindo,
percebi que o professor em muitos casos é visto como força estimuladora para
despertar nos alunos uma disposição motivadora para determinado assunto. Tenho
recebido este apoio em todos os encontros presenciais e por meio das
tecnologias. Seja estimulando, provocando e instigando a curiosidade fazendo
com que a visualização de vídeos e a leitura de textos, ocorressem o
crescimento desta cumplicidade entre professores, tutores e alunos.
Referências
ASSMANN, Hugo & MO SUNG, Jung. Competência
e Sensibilidade Solidária. Educar para a esperança. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004;
BECKER, F.
Modelos pedagógicos e modelos
epistemológicos. Texto em PDF, disponibilizado pelo autor;
FREIRE,
Paulo. Pedagogia da autonomia : saberes necessários à prática
docente. 6. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
GONÇALVES; C.J.S. Corporeidade. Revisão do Conceito. Tese de Doutorado. UNIMEP. 2005.
ZABALA, Antoni.
Respostas do ensino à dispersão do
conhecimento: esclarecimento conceitual. In: Enfoque Globalizador e
Pensamento Complexo. Porto Alegre: ArtMed, 2002. (p. 26-30)