quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Sintetizando alfabetização por Emília Ferreiro






Esta semana na Interdisciplina Fundamentos da Alfabetização conhecemos um pouco do objeto de pesquisa de Emília Ferreiro, gostei muito! Acredito na alfabetização tradicional, porém o que seria do nosso aprendizado sem a construção e desconstrução de concepções.    

Trabalhamos com textos de de Sônia Borges e Analice Dutra Pilar e através deles conhecemos um pouquinho da metodologia de alfabetização pesquisada e estudada pela discípula de Piaget, Emília Ferreiro.

Sônia Borges faz uma reflexão sobre as teorias de Emília Ferreiro que realizou pesquisas sobre alfabetização e escreveu livros falando sobre o universo da “alfabetização”, abordando a escrita como um objeto de conhecimento, sua investigação sobre a aquisição da escrita a partir do modelo de desenvolvimento cognitivo construtivo por Piaget.

Nesta linha de pensamento a linguagem oral e linguagem escrita surgem de uma relação de mútua da sequência de sons que integram uma palavra. Para Emilia Ferreiro o aprendizado da escrita não é de ordem técnica, mas sim conceitual que pode ser considerada como uma representação da linguagem ou como um código de transcrição gráfica das unidades sonoras.

Para a pesquisadora a aprendizagem da leitura e da escrita não se limita a sala de aula, e iniciam muito antes da criança entrar para a escola, a alfabetização esta interligada a diferentes fatores sociais, culturais, políticos e psicolinguísticos.

O conceito de Ferrero exige que o aluno aprenda a escrever e a entender o que está escrevendo ou lendo, as metodologias tradicionais são deixadas de lado e o aluno passa a ser um sujeito ativo e seu histórico é levado em conta, visto como um ser pensante.

Emília Ferreiro e suas concepções encontram opositores como o método fônico utilizado pela metodologia tradicional de ensino ou pesquisas científicas que afirmam que esta metodologia produz resultados significativos na construção da aprendizagem da leitura. Seu objetivo foi dar ênfase nos processos de aprendizagem, aproximando educação e pesquisa, em busca de estratégias interdisciplinares que atribuam sentido ao conhecimento escolar.

Sob outro aspecto da alfabetização a autora Analice Dutra Pilar disserta sobre a importância de conhecer o desenho Infantil, o educador que compreenda o processo de aquisição da linguagem do desenho tem capacidade de entender as particularidades do universo infantil.

O desenho infantil é uma expressão do pensamento sendo fundamental na vida de uma criança. Ele estimula a sua imaginação, criatividade, possibilitando a mesma conhecer o mundo ao seu redor.

O desenho é fundamental para o processo de alfabetização e aquisição da língua escrita. A interação com as diferentes formas de linguagem além de favorecerem o desenvolvimento motor facilitam este processo.

Antecedendo a construção da escrita o desenho será uma manifestação gráfica utilizada pela criança para se comunicar, através dele são expressos seus, medos, desejos, angustias e a reprodução de tudo que esta em seu redor, facilitando o processo de alfabetização.

Se completando e complementando o desenho e a escrita fazem parte deste processo de alfabetização. A representação por desenhos e seu uso na alfabetização é de suma importância para a escrita.

Os textos levam a inúmeros exemplos e ilustrações de como a metodologia de ensino defendida por Emília Ferrero se materializa com desenhos e escrita de crianças. Rabiscos ganham complexidade conforme os pequenos crescem e, ao mesmo tempo, impulsionam seu desenvolvimento cognitivo e expressivo.

Ambos os textos abordam aspectos da alfabetização. Retratam a alfabetização sob ponto de vista dos estudos de Emília Ferreiro discípula de Piaget, estes textos relatam a importância de conhecer o aluno e que para alfabetiza-lo vários fatores estarão envolvidos sejam eles sociais, culturais, políticos e psicolinguísticos.

E antes mesmo de saber decodificar os caracteres ele já sabe escrever através de representações gráficas que expressam seus medos, desejos e angustias.

O aluno passa a ser visto como um sujeito ativo e seu histórico é levado em conta, visto como um ser pensante e ele toma as rédeas do processo de sua alfabetização.

O exemplo abaixo relata a fusão da escrita e do desenho, aqui a criança já esta no nível silábico alfabético.


Referências:

Coleção memória da pedagogia, número 5: Emília Ferreiro: a construção do conhecimento. São Paulo: Segmento Duetto 2005.

FERREIRO, E. A produção de noções na criança: linguagem, número, ritmos e melodias - A escrita... antes das letras. H. Sinclair ( org.) . Cortez, 1990.

PILLAR, Analice Dutra. Desenho e construção de conhecimento na criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

PILLAR, Analice Dutra. Desenho e escrita como sistemas de representação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.





3 comentários:

  1. Lu, achei tua postagem maravilhosa, pois tu falou um pouco de cada texto estudado, conseguindo fazer com que nós leitores entendêssemos do que o texto se tratava, e no final gostei muito da tua reflexão, onde tu expõe teu ponto de vista em relação a alfabetização, e para mim mostrou como esses textos ti ajudaram a pensar e repensar.

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    1. Obrigada, Giovana! Esta interdisciplina tem como tema algo que me causa uma inquietação... A alfabetização é um tema repleto de controvérsia e ao mesmo tempo de suma importância para todos. Estou estudando o tema e reestudando... Espero que até o final do curso consiga sanar todas as minhas inquietações. Abraço

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    2. Obrigada, Giovana! Esta interdisciplina tem como tema algo que me causa uma inquietação... A alfabetização é um tema repleto de controvérsia e ao mesmo tempo de suma importância para todos. Estou estudando o tema e reestudando... Espero que até o final do curso consiga sanar todas as minhas inquietações. Abraço

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