quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Histórias e narrativas que evidenciam a diferença entre o ver e o olhar



Novamente ver e olhar... Agora na Interdisciplina Representação Do Mundo Pelos Estudos Sociais, a tarefa era escolher uma imagem e perceber a diferença entre ver e olhar não é só uma  distinção semântica ou um jogo de linguagem, mas um lugar ou processo fundamental para a nossa experiência docente.
  A imagem que escolhi como forma de representação geográfica da Escola Duque de Caxias, escola que trabalho é sua fachada. Ela esta situada no Bairro Azenha, seu público alvo são moradores do bairro.


Escolhi está imagem porque é a visão de entrada da escola este Ipê Roxo é imponente e muito lindo, é impossível passar pela frente da escola e não olhar aquele azul manchado de roxo, os encantos naturais deste majestoso pé de Ipê Roxo, colorindo este azul céu. Ele transmite uma sensação de natureza, ar puro e sua cor vibrante em contraste ao azul (cor das paredes da escola e do céu) alegram a entrada da escola.
“Ver é reto, olhar é sinuoso. Ver é sintético, olhar é analítico. Ver é imediato, olhar é mediado. A imediaticidade do ver torna-o um evento objetivo. Vê-se um fantasma, mas não se olha um fantasma. Vemos televisão, enquanto olhamos uma paisagem, uma pintura” (TIBURI, 2005)
 Historicamente em 25 de agosto de 1939 aparece pela primeira vez com a denominação de Grupo Escolar Duque de Caxias. No entanto, sua origem é anterior. Data de 1928 com o nome de "Aula Isolada Mista", logo depois mudado para "Grupo Escolar da Azenha". Nessa época era apenas uma sala de aula, na qual eram ministrados conhecimentos referentes às quatro primeiras séries escolares, com uma matrícula de mais ou menos sessenta alunos. Como o número de alunos crescia, a escola necessitava expandir-se passando a funcionar, em duas salas.
     Esta data e este nome foram escolhidos porque o 25 de agosto é uma data para reverenciarmos a memória daquele que foi o maior soldado do Brasil, que por suas qualidades militares e de homem é o Patrono do Exército Brasileiro, sinônimo de paz, harmonia e integração.
     Somente em março de 1968, a escola mudou para o prédio atual, a comunidade tem um apego grande pela escola e também pelo seu prédio. Atualmente um grupo de mães cansadas do descaso dos governantes e com tristeza de olharem seu patrimônio o lugar onde estudaram e onde seus filhos, netos estudam se deteriorar se mobilizaram e estão reformando a escola, estando ai aquele olhar sensitivo e afetivo que nutrem pela escola.



“É como se depois de ver fosse necessário olhar, para então, novamente ver. Há, assim, uma dinâmica, um movimento – podemos dizer- um ritmo em processo de olhar-ver. Ver e olhar se complementam, são dois movimentos do mesmo gesto que envolve sensibilidade e atenção.” (TIBURI, 2005)
O olhar destas mães é diferenciado pois elas perceberam com a convivências que a escola necessitava de ajuda, indo além da ação rela de enxergar. O olhar perturbou, angustiou e instigou fazendo com que elas reagissem e tomassem a atitude.





Referências:
CASTROGIOVANNI, Antonio; COSTELLA, Roselane. Geografia e a cartografia escolar no ensino básico: uma relação complexa - percursos e possibilidades. In: SEBASTIÁ, Rafael; TONDA, Emilia. La investigación e innovación en la enseñanza de la Geografía. Alicante: UNE, 2016, p.15-26.
TIBURI, Márcia. Aprender a pensar é descobrir o olhar. Disponível em:  <http://www.marciatiburi.com.br/textos/aprender.htm> Acessado em: 04/10/2016.
NADAI, Elza. O ensino de história no Brasil: trajetória e perspectiva. Revista Brasileira de História. São Paulo, v.13, n.25/26, p.143-162, set.92/ago.93.







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