No mês de novembro temos o
dia da “Consciência Negra”, os historiadores e ativistas organizaram diversos
materiais e também atividades para mostrar e ensinar o que os hábitos e
costumes dos negros da cidade de Porto Alegre.
Assim foi criado o percurso
dos negros em Porto Alegre chamado de “Territórios Negros” que buscam relembrar
desde o período colonial até a contemporaneidade o que os negros faziam e
fazem. Este percurso passa por diferentes locais contando o que acontecia ali.
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Largo
da Forca, atual Praça Brigadeiro
Sampaio, localizado próxima a usina do Gasômetro, era
onde ocorriam as execuções dos negros condenados em processos que prescreviam,
geralmente, penas mais duras para os escravos. Atual praia fazia parte da
praia do Arsenal, que abrigava estaleiros, ficou conhecida como Largo da Forca
por ser caracterizada como um lugar ermo, de mau aspecto, onde ocorriam as
execuções de condenados a morte. Em 1832 a construção de uma cadeia
pública é iniciada e abandonada nos alicerces. Em 1856 a área foi aterrada,
ajardinada e arborizada, recebendo a denominação de Praça do Arsenal. Ao longo
da sua história a praça passa por diversas reestruturações ficando com o nome
de Praça Brigadeiro Sampaio em 1965.
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Pelourinho de
Porto Alegre ficava situada em frente à Igreja Nossa Senhora das Dores, era onde
os escravos eram castigados quando quebravam as regras da escravidão.
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Largo
da Quitanda, hoje Praça da Alfândega era o local onde as
negras minas (quitandeiras) circulavam com seus tabuleiros e balaios oferecendo
seus quitutes. Neste mercado a céu aberto, localizado nas imediações do antigo
Cais do Porto, comercializava-se de tudo: frutas, carne seca, lenha, pinhão,
peixe, ervas, chás, amendoim e hortaliças.
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Mercado
Público que foi construído
por escravos e diz a lenda que no centro da edificação, foi feito um
assentamento dedicado a um orixá, o Bará, dos cultos religiosos africanos e
afro-brasileiros.
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Parque
da Redenção, campo da várzea, local onde negros se
reuniam nos domingos, ainda durante a escravidão praticando suas tradições,
danças e jogos. Muitos permaneceram ali depois de 1884, quando ocorreu a
abolição no Rio Grande do Sul.
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Colônia
Africana, nas imediações das ruas Castro Alves,
Casemiro de Abreu, esta região foi habitada pelos afro-brasileiros no final do
século XIX. Negros Alforriados e os libertos ali estabeleciam moradia. Era um local da cidade que retrata
também, o contexto histórico do nosso carnaval porto-alegrense, além da característica
importante de que lá, também era o local onde negros libertos foram morar após
abolição.
Assim, como no Areal,
surgiram da Colônia grupos carnavalescos que de certa forma contribuíram para
difusão e propagação do carnaval popular da cidade. Da Colônia Africana
surgiram grupos carnavalescos importantes para história. Podemos citar alguns,
como Aí-vem-a-Marinha, Prediletos, Embaixadores, Namorados da Lua e muitos
outros que estão perdidos na memória.
Os tamboreiros após os
rituais africanos iam para o fundo de quintal tocar tambores e surge o samba e o
carnaval em Porto Alegre.
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Ilhota
hoje é o local onde fica situado o Ginásio Tesourinha. Nesta região da cidade
foi criada a Liga da Canela Preta pelos negros para a prática do futebol e
também possuía uma ligação muito forte com o samba. Com revitalização da área
na década de 60, a população negra foi deslocada para Vila Restinga.
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Quilombo
do Areal, situado no Bairro Cidade Baixa. Este
quilombo foi reconhecido como tal em 2004. A região integrava a propriedade do
Barão e da Baronesa do Gravatahy. No final do século XIX e próximo abolição da
escravidão, a região e as diversas formas de sociabilidade entre as famílias
afrodescendentes possibilitaram o reconhecimento da Rua Luís Guaranha como
“Quilombo Urbano”.
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Largo
Zumbi dos Palmares, localizado na cidade Baixa, O Largo
ganha esta designação a partir das marchas dos anos 70, promovidas por
ativistas do movimento negro, que marcaram o início da atual fase de
mobilização em favor da igualdade racial e de combate ao racismo.
Referências:
Disponível em: <http://www.cbg2014.agb.org.br/resources/anais/1/1404663795_ARQUIVO_DanieleMVieira.CBG2014.pdf>
acessado em 09 de nov. 2016.
Disponível em: <http://museudepercursodonegroemportoalegre.blogspot.com.br/>
acessado em 09 de nov. 2016.
Disponível em: <http://janeladahistoriaegh.blogspot.com.br/2012/06/territorios-afro-brasileiros-em-porto.html>
acessado em 09 de nov. 2016.
Disponível em: <http://eubatuco.blogspot.com.br/2010/02/colonia-africana-um-reduto-carnavalesco.html>
acessado em 09 de nov. 2016.