Após
a leitura do texto “Sobre crocodilos e avestruzes: falando de diferenças físicas,
preconceitos e sua superação”, da psicóloga e professora Dra. Ligia Assumpção
Amaral, através das representações de animais “crocodilos” e “avestruzes” com o
intuito de relacionar com as diversidades e diferenças humanas.
Ser
diferente é algo extremamente comum, porém a incompreensão perante as
diferenças não só físicas, mas também comportamentais ou de personalidade ainda
ocorre. Se os padrões destoam do que a sociedade ou determinado grupo aponta
como certo logo você é apontado como anormal.
Deveríamos
refletir o quanto é saudável ser diferente, e como através das diferenças
existem incontáveis maneiras de superarmos as dificuldades e quando deixamos de
lado o preconceito um leque de novas possibilidades se abre. A única
possibilidade negativa que pode ocorrer é a perda, perda de aprendizagem,
compreensão, entendimento, humildade e entendimento que todos somos diferentes.
Através
da figura do crocodilo e do avestruz a autora aborda questões que favorecem e
contribuem para a construção do preconceito especialmente os relacionados às
pessoas com deficiência. O crocodilo tem o papel de mostrar as barreiras que construímos
com relação às pessoas com deficiência, o papel do avestruz por sua vez mostra
como às pessoas que vivem e as que não têm deficiência agem introspecção
perante o outro.
Se enxergar
ou não no outro, reconhecer e se perceber aciona os mecanismos de simulação, compensação
ou atenuação para convivermos com as outras pessoas. Desenvolvemos esses mecanismos
de proteção e aversão, pelo prisma do termo “diferença” esta questão não integraliza
valores positivos nas relações, bem pelo contrario ela trás distinção. Para reconstruirmos
positivamente o sentido de “diferente” devemos primeiramente abolir o
tratamento de diferentes como uma normalidade.
Nosso papel
como educador creio que primeiramente é rever nossas práticas escolares, nestes
dez anos de trabalho na rede estadual de ensino sempre procurei pensar e
refletir sobre minhas práticas pedagógicas, porém, hoje diante de novas
aprendizagens, percebo que ainda estou em desenvolvimento quanto à abordagem
das diferenças.
As
incertezas permeiam minhas práticas para construção da aceitação que todos
somos diferentes, afastando de vez o preconceito não só do ambiente escolar,
mas também de todos os ambientes que passamos. A diferença é uma oportunidade latente
de vivenciarmos, convivermos e aprendermos um universo de novas experiências. Esta
metamorfose comportamental proporcionaria novas possibilidades de aprendizagem
nesta diversidade.
Referência:
AMARAL, Lígia Assumpção. Sobre
crocodilos e avestruzes: falando das diferenças físicas, preconceitos e
superação. In: AQUINO, Julio Groppa (org.). Diferenças e preconceitos na
escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1998, p. 11-30.