quarta-feira, 8 de julho de 2015

Eu aprendi...
...que ignorar os fatos não os altera;

Eu aprendi...
...que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;

Eu aprendi...
...que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu.

Eu aprendi...
...que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar;

Eu aprendi...
...que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito;

Eu aprendi...
...que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;

Eu aprendi...
...que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Práticas educacionais e relações de poder


Na perspectiva, que o planejamento participativo é que o PPP constitui-se seja um instrumento de intervenção na realidade escolar visando proporcionar a  organização do trabalho pedagógico; a utilização dos tempos e espaços escolares;  identificar e valorizar aspirações, ideais e anseios; e sobretudo, permitindo que a comunidade escolar possa refletir, definir, construir coletivamente as metas e objetivos trazendo suas vivencias e anseios para dentro dos portões da escola creio que nossa escola está bem distante desta perspectiva.

O Projeto Politico Pedagógico da escola onde trabalho prevê a criação de espaços de participação para todos os seguimentos na vida da escola, procura integrar todos (professores, funcionários, alunos, pais e comunidade) tornando-os corresponsáveis no processo de construção do conhecimento, no entanto percebe-se uma participação efetiva, por parte da comunidade, somente nas festividades da escola. As atividades de cunho social e lazer são de grande aceitação e participação efetiva da comunidade escolar;

As portas da escola sempre estiveram abertas à comunidade, porem não há um estimulo a discussão e a reflexão, e assim viabilizar melhorias acessíveis a todos. Promover o desenvolvimento de grupos, com a finalidade de estabelecer entre eles, vínculos e identidades coletivas esta elencado com o item “Construir conhecimentos de forma interdisciplinar e com diferentes metodologias, que considerem os sujeitos com suas histórias e vivências;”

Ausência de interesse nas questões de ensino e aprendizagem e em debates e reflexões sobre: limites, respeito, valores, agressividade, compromisso e cidadania; são visíveis até mesmo em entrega de boletins. Porém quando a um retorno negativo ou seja notas vermelhas nos deparamos com a recusa. Recusa esta ilustrada no texto “A arte de viver das novas gerações Capítulo: Projeto Participação”, aquela vivência limitada a jogos o que se estende a preguiça de estudar, de aceitar o resultado e recusa ao professor, qualquer hierarquia e ao seu papel de estudante.
 
 
A arte de viver das novas gerações Capítulo: Projeto Participação P. 172

Minha percepção sobre a perspectiva de Paulo Freire


 
              Com a leitura da obra “Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa” minha percepção sobre a perspectiva de Freire é que existem diferentes tipos de educadores que se dividem em críticos, progressistas e conservadores.
              Porem indiferente ao tipo de professor todos necessitam de saberes comuns como saber relacionar teoria e prática; conduzir o aluno para produção e construção do conhecimento; perceber que ao ensinar aprende e principalmente consiga “despertar no aluno a curiosidade, a busca do conhecimento, a necessidade de aprender de forma crítica”.
              O livro pedagogia da autonomia versa sobre de lacunas que são conflituosas entre os educadores destacando a necessidade da reflexão crítica sobre a prática educativa, que dialoga com a teoria e a prática, sendo o posicionamento vital para o autor que não há docência sem discência, quer dizer que: quem ensina ‘aprende o ensinar’, e quem aprende ‘ensina o aprender’.
              Para o autor ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. Deixando claro que o ensino não depende somente do professor, bem como a aprendizagem não é exclusiva do aluno, mas tanto o ensino versus aprendizagem e o professore versus aluno se fundem e se completam.
             Segundo o autor a convivência harmoniosa e amorosa entre professor e aluno reflete na troca de saberes e a educação como base de transformação social.
 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra. 1998

Reflexão sobre modelos pedagógicos



Quando conclui minha formação, recebi o diploma e uma bagagem imensa de teoria, porém ao adentrar em uma sala de aula como educadora me deparei com uma realidade totalmente diferente daquela que poderia imaginar, até mesmo porque o período de estágio, que teria a função de mostrar o que seria uma sala de aula além dos livros, fui presenteada com uma turma modelo. Uma turma pensante, independente e madura, a menina dos olhos de todos os aspirantes e veteranos professores. Sem mencionar a escola, uma escola pública bem localizada, organizada.

Sempre me visualizei como um professor reflexivo, por que desde que me conheço sempre questionei tudo, sempre questiono o quê e o porquê das coisas, nunca me conformei com o fracasso e sempre acreditei que tudo é possível, imaginava tudo se transformando, modificando e melhorando. Porém na pratica esse inconformismo me conduziu a grandes desafios e inúmeras dificuldades, até mesmo algumas decepções por querer deixar de lado a prática pedagógica disciplinar e inovar com a troca trabalhando interdisciplinaridade.

A prática pedagógica disciplinar parte do pressuposto que aprender é separar, e nós preferimos estar no sentido contrário, ou melhor, no sentido “horário” da complexidade e inteireza do conhecimento. Prática esta que cada professor pode desenvolver sozinho de seu modo sem sequer dialogar com pares da mesma área de atuação.

interdisciplinaridade desenvolve e vivência a capacidade de organização, potencializa a criatividade, articula o conhecimento de forma dialógica, promove a aproximação da comunidade interna e externa, experimenta, de fato, o trabalho em equipe e possibilita a prática do hábito da pesquisa. Porém neste modelo de trabalho o educador tem que dialogar com colegas, direção, supervisão e até mesmo com os educandos.

Trabalhando nesta segunda metodologia acredito que ocorre uma aprendizagem significativa dependendo é claro da disposição do aluno para aprender, além da seleção de conteúdos. A aprendizagem desse conteúdo envolve a realização de ações, é preciso fazer para aprender e seu domínio envolve o seu uso e aplicação em diferentes contextos.

Porém como tornar uma sala e a aula mais dinâmicas, favorecendo a realização de ações, e a promoção de vivências aos alunos, o exercício de habilidades que levem a autonomia para analisar e criticar os processos colocados em ação e seus resultados. Se todos os pilares da escola não aceitam e não querem mudanças, não aceitam inovações.

Entendo que todos os educadores precisam compreender sobre estes modelos e escolher aquele que melhor produza conhecimento no aluno. Contudo este mesmo professor precisa respeitar regras, a hierarquia e a organização da escola. Não tenho dúvidas de que aluno gostaria de formar, de que metodologia seria ideal para modificar nossa sociedade.

Porém a escola precisa ser que trabalhe a coletividade. Tenho convicção que a prática aliada a pesquisa são fundamentais para a compreensão do que está se fazendo. E se esta escola permitir em seu quadro um professor reflexivo irá formar indivíduos capazes, críticos e autônomos, aptos a escreverem a própria história e certamente teremos um mundo melhor.

 
 
 
BECKER, F. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. Texto em PDF, disponibilizado pelo autor.

 ZABALA, Antoni.  Respostas do ensino à dispersão do conhecimento: esclarecimento conceitual. In: EnfoqueGlobalizador e Pensamento Complexo. Porto Alegre:ArtMed, 2002. (p. 26-30)