quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Entre gaiolas e asas...

Sabias palavras poéticas de Rubem Alves comparando os professores e os alunos com pássaros engaiolados. Meu entendimento sobre a educação se iguala ao pensar de Rubem Alves, acredito que seguir o conteúdo programático engaiola tanto professores como estudantes, é praticamente impossível ter liberdade de poder usar ferramentas que tragam prazer e descontração para a sala de aula, também sinto engaiolada de não poder trabalhar assuntos que não fazem parte do cronograma mas fazem parte da curiosidade e da vontade de saber do aluno.

Repensando minhas postagens no blog e minhas vivências diárias em sala de aula, me sinto um professor “engaiolado”, por ter que seguir o conteúdo programático. Sou uma pessoa que ama música, ama sorrir e brincar, porém ministrando aulas de língua portuguesa fica difícil não seguir o cronograma. Uma simples atividade como assistir aula no pátio já causa polemicas do tipo está “matando” aula.


REFERÊNCIA: ALVES, Rubem. Gaiolas ou asas? In: ALVES, Rubem. Por uma educação romântica. Campinas: Papirus, 2002, p. 29-32.

Tempo e espaço: concepções de professores, concepções de alunos.


A partir da leitura do artigo de Hilary Cooper percebi o quanto é importante para as crianças repensarem o passado desenvolvendo uma consciência por meio de histórias, e através desta história ela conseguirá compreender quem somos e como nos relacionamos com outros identificando semelhanças e diferenças entre nós.

Tendo como ponto de partida esta reflexão pensei em um jogo que aprendi a pouco tempo Mancala. Originário da África, o Mancala teria surgido por volta do ano 2.000 antes de Cristo. É jogado atualmente em números países africanos, mas já extrapolou as fronteiras deste continente. 

Este jogo começa com uma explicação de como os homens se divertiam nos primórdios do tempo, que os pescadores e caçadores praticavam esta ação não só como forma de alimentação mas também como forma de lazer, os pastores criavam os animais e praticavam disputas como corridas, laço, etc. já os agricultores tinham longos momentos de espera entre a plantação e colheita e esperando a época certa para semear, num destes períodos eles inventaram o  Mancala.

"Mancala é uma família de jogos de tabuleiro jogada ao redor do mundo, algumas vezes chamada de jogos de semeadura ou jogos de contagem e captura, que vêm das regras gerais. Os jogos dessa família mais conhecidos no mundo ocidental são o Oware, Kalah, Sungka, Omweso e Bao." Disponível em: <https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mancala> acessado em 23 de out de 2016.

Este jogo pode ser jogado com matérias simples e improvisados ele ensina que não é importante vencer o importante é saber dividir, colher e semear. Mas acredito que o fator especial do jogo é conhece como nossos antepassados se divertiam e passavam o tempo.







MANCALA

Como jogar:
1- Número de jogadores: 2.
2- Antes de começar o jogo, cada jogador põe 4 sementes em cada cova. Como no jogo há 12 covas e 2 kalahas ,as 6 que estão mais próximas de você lhe pertencem e as outras são do seu oponente, ficando também cada um com uma kalaha que são os depósitos .
3- Em cada jogo, você tira todas as sementes de uma cova sua e as distrbui uma a uma em cada cova, na direção de sua kalaha.
4- Quando passar em sua kalaha, coloque uma semente e distribua as outras em cada uma das covas de seu oponente, mas na kalaha dele não.
5- Se a última semente for colocada na kalaha do próprio jogador, ele joga novamente.
6- Se a última semente for colocada na cova vazia do seu lado, e tiver sementes na cova de seu oponente, você captura as sementes dele e as transfere à sua kalaha, junto com a única semente colocada na cova vazia.
7- Se um dos jogadores não tiver mais sementes deve pegar as sementes que restam nas covas do oponente e colocar em sua kalaha.
8- Vence a partida quem terminar com mais sementes.




COOPER, Hilary. Aprendendo e ensinando sobre o passado a crianças de 3 a 8 anos. Educar, Curitiba, v. Especial, p.171-190, 2006. Disponível em: <revistas.ufpr.br/educar/article/viewFile/5541/4055> Acesso em: 20 set. 2016.



Disponível em: <http://alunosdos4sanoscaic.blogspot.com.br/2011/11/mancala-construindo-com-caixa-de-ovos-o.html> Acesso em: 25 set. 2016.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Minha sufocante experiência matemática

Formada em letras minhas preferência sempre foi palavras, números evito! Porém quando questionada sobre minha experiência mais recente com a matemática percebi que vivemos rodeados por números. É número para tudo que é lado, seja ele número de documento, número de casa, número de telefone.

Mas refletindo tenho estudado muito matemática nos últimos anos, mãe de duas filhas em anos inicias são muitos temas, tarefas e exercícios de alfabetização no mundo da matemática, até ai são exercícios que tiro de letra.

O pior experiência foi ter que estudar para ensinar uma aluna querida que não estava conseguindo aprender a temida fórmula de Bhaskara¹, bom assisti uma vídeo aula, aprendi e consegui ensinar... ufaaaa





¹. Fórmula de Bhaskara é um método resolutivo para equações do segundo grau utilizado para encontrar raízes a partir dos coeficientes da equação.



Classificação e seriação

Segundo Toledo na alfabetização matemática a criança aprende a organizar as representações, classificar, ordenar e seriar são processos que se iniciam na educação infantil e que serão retomadas nas anos iniciais, desenvolvendo e trabalhando o pensamento lógico.

Casualmente minhas filhas estão sendo alfabetizadas e uma atividade que engloba classificação, ordenação e serialização são atividades que elas mais gostam.

Exemplo: Pegar uma boneca e uma caixa com roupas, acessórios, materiais de higiene e alimentação. A criança devera ordenar por tipo de objeto. Elas combinam os objetos da brincadeira em diferentes cenários em ordem aleatória. Outro exemplo seria brincar de cozinha.


 



Ciências!?!?

Nossa que aula repleta de aprendizagens e curiosidades na primeira aula da Interdisciplina Representação Do Mundo Pelas Ciências Naturais, fomos questionados sobre o que é ciência. Aparentemente uma pergunta simples, porém repleta de significados e incertezas.

Para mim Ciência é o estudo de algo sua importância no universo escolar é desvendar a origem, o funcionamento e a necessidade de determinada coisa. Mas pesquisando encontrei este significado:

Ciência é uma palavra que deriva do termo latino "scientia" cujo significado era conhecimento ou saber. Atualmente se designa por ciência todo o conhecimento adquirido através do estudo ou da prática, baseado em princípios certos.

A ciência, em geral, comporta vários conjuntos de saberes nos quais são elaboradas as suas teorias baseadas nos seus próprios métodos científicos. A metodologia é essencial na ciência, assim como a ausência de preconceitos e juízos de valor.

A ciência tem evoluído ao longo dos séculos. Galileu Galilei é considerado o pai da ciência moderna. Na primeira aula, me provocou curiosidade e espanto a experiência o saco plástico com água, busquei na internet explicação científica.

O plástico é um tipo de polímero (longas cadeias da mesma molécula que se entrelaçam). Quando o lápis atravessa o plástico, ele passa por entre essas cadeias. São poucos os pontos onde ocorre a ruptura do polímero e a maior parte consegue se adaptar ao formato do lápis para selar o saco plástico não deixar a água escapar.





Referências:

Disponível em: <http://www.cienciatube.com/2008/12/gua-no-saco-furado-por-um-lpis-no-cai.html> Acesso em 19 de out. 2016.
Disponível em: <https://www.significados.com.br/ciencia/> Acesso em 19 de out. 2016.

Disponível em: <http://educandoteka.com.br/ciencias/4-experiencias-cientificas-para-aplicar-em-sala-de-aula> Acesso em 19 de out. 2016.


Tempo e espaço: concepções de professores, concepções de alunos


  • Para o professor, na atualidade, o tempo de sala de aula deixa de ser aquele tempo de cumprir com as obrigações, de realizar atividades que se destinam a preencher a carga horária?
  • Sim ou não: por quê?
O texto aborda o questão do tempo, o tempo destinado para aprendizagem do aluno e que nós professores devemos refletir e analisar o papel social da escola na vida do aluno.

Como Oliveira et al (2009) salientaram, "[P]ensar no tempo enquanto continuidade nos desafia a pensar nas atividades de sala de aula como momentos de construção, de reflexão, tanto de professores e professoras como de alunos e alunas." (p.8), em contraposição ao "tempo de cumprir com as obrigações, de realizar atividades que se destinam a preencher a carga horária." (p.9)

Para garantir um bom aproveitamento do tempo em sala de aula, é necessário que o professor reflita, planeje e organize. Também é salientado a importância do tempo coletivo de troca de experiencias e conhecimento entre professores, conversas com os pais e também a troca pais, professores e alunos e também é claro o tempo pedagogico de orientação e supervização.

O tempo na escola vai além da reflexão de quem está dentro ou fora dos padrões, o tempo esta destinado a criação em expações expandidos, interativos e ilimitado. Este espaço seria a porta de entrada para momentos de alegria de aprender.

Referência:
OLIVEIRA, Cristiane et al. Questões sobre o tempo no espaço escolar. Disponível em: <http://www.ufjf.br/espacoeducacao/files/2009/11/cc07_1.pdf> Acesso em 20 set. 2016. 
imagem Disponível em: <http://acervo.novaescola.org.br/img/politicas-publicas/mais-tempo-escola.jpg> Acesso em 19 out. 2016. 

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Histórias e narrativas que evidenciam a diferença entre o ver e o olhar



Novamente ver e olhar... Agora na Interdisciplina Representação Do Mundo Pelos Estudos Sociais, a tarefa era escolher uma imagem e perceber a diferença entre ver e olhar não é só uma  distinção semântica ou um jogo de linguagem, mas um lugar ou processo fundamental para a nossa experiência docente.
  A imagem que escolhi como forma de representação geográfica da Escola Duque de Caxias, escola que trabalho é sua fachada. Ela esta situada no Bairro Azenha, seu público alvo são moradores do bairro.


Escolhi está imagem porque é a visão de entrada da escola este Ipê Roxo é imponente e muito lindo, é impossível passar pela frente da escola e não olhar aquele azul manchado de roxo, os encantos naturais deste majestoso pé de Ipê Roxo, colorindo este azul céu. Ele transmite uma sensação de natureza, ar puro e sua cor vibrante em contraste ao azul (cor das paredes da escola e do céu) alegram a entrada da escola.
“Ver é reto, olhar é sinuoso. Ver é sintético, olhar é analítico. Ver é imediato, olhar é mediado. A imediaticidade do ver torna-o um evento objetivo. Vê-se um fantasma, mas não se olha um fantasma. Vemos televisão, enquanto olhamos uma paisagem, uma pintura” (TIBURI, 2005)
 Historicamente em 25 de agosto de 1939 aparece pela primeira vez com a denominação de Grupo Escolar Duque de Caxias. No entanto, sua origem é anterior. Data de 1928 com o nome de "Aula Isolada Mista", logo depois mudado para "Grupo Escolar da Azenha". Nessa época era apenas uma sala de aula, na qual eram ministrados conhecimentos referentes às quatro primeiras séries escolares, com uma matrícula de mais ou menos sessenta alunos. Como o número de alunos crescia, a escola necessitava expandir-se passando a funcionar, em duas salas.
     Esta data e este nome foram escolhidos porque o 25 de agosto é uma data para reverenciarmos a memória daquele que foi o maior soldado do Brasil, que por suas qualidades militares e de homem é o Patrono do Exército Brasileiro, sinônimo de paz, harmonia e integração.
     Somente em março de 1968, a escola mudou para o prédio atual, a comunidade tem um apego grande pela escola e também pelo seu prédio. Atualmente um grupo de mães cansadas do descaso dos governantes e com tristeza de olharem seu patrimônio o lugar onde estudaram e onde seus filhos, netos estudam se deteriorar se mobilizaram e estão reformando a escola, estando ai aquele olhar sensitivo e afetivo que nutrem pela escola.



“É como se depois de ver fosse necessário olhar, para então, novamente ver. Há, assim, uma dinâmica, um movimento – podemos dizer- um ritmo em processo de olhar-ver. Ver e olhar se complementam, são dois movimentos do mesmo gesto que envolve sensibilidade e atenção.” (TIBURI, 2005)
O olhar destas mães é diferenciado pois elas perceberam com a convivências que a escola necessitava de ajuda, indo além da ação rela de enxergar. O olhar perturbou, angustiou e instigou fazendo com que elas reagissem e tomassem a atitude.





Referências:
CASTROGIOVANNI, Antonio; COSTELLA, Roselane. Geografia e a cartografia escolar no ensino básico: uma relação complexa - percursos e possibilidades. In: SEBASTIÁ, Rafael; TONDA, Emilia. La investigación e innovación en la enseñanza de la Geografía. Alicante: UNE, 2016, p.15-26.
TIBURI, Márcia. Aprender a pensar é descobrir o olhar. Disponível em:  <http://www.marciatiburi.com.br/textos/aprender.htm> Acessado em: 04/10/2016.
NADAI, Elza. O ensino de história no Brasil: trajetória e perspectiva. Revista Brasileira de História. São Paulo, v.13, n.25/26, p.143-162, set.92/ago.93.