terça-feira, 30 de maio de 2017

Gestão Democratica

A organização e gestão da educação é um tema muito importante para todos os cidadãos e ainda mais para nós educadores, após a leitura do textoOrganização da educação escolar no Brasil na perspectiva da gestão democrática: sistemas de ensino, órgãos deliberativos e executivos, regime de colaboração, programas, projetos e ações” percebemos vários conceitos devem fazer parte da prática escolar de todas as escolas, mas alguns em especial fazem parte da rotina da escola onde atuo.

A gestão democrática é baseada no Estado de direito emergido com o advento da modernidade, caracteriza-se por uma gestão do tipo racional-legal onde se obedece não pessoa em virtude de seu direito próprio, mas à regra estatuída, que estabelece ao esmo tempo a quem e em que medida se deve obedecer. (Batista, p. 3)

Os elementos fundamentais à gestão democrática escolar estão presentes no cotidiano da minha escola quase em sua totalidade. Na Escola em que trabalho a escola é utilizada como espaço público proporcionando lazer e atividades que envolvam os pais na toma de decisões.

A educação pode ser entendida como a apropriação da cultura, historicamente produzida pelo homem, e a escola enquanto locus privilegiado de produção sistematizado do saber. Isso significa que a escola precisa ser organizada no sentido de que suas ações, que devem ser eminentemente educativas, atinjam os objetivos da instituição de formar sujeitos concretos: participativos, críticos e criativos. (Dourado, p.2)

Trabalhamos com ações educativas em que haja total participação dos alunos seja no planejamento, organização e execução de tal atividade. Acreditamos que o envolvimento do aluno em todas as etapas é imprescindível não só para seu aprendizado, mas também na sua formação como agente crítico, participativo e criativo.

Apesar da superficialidade com que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) trata da questão da gestão da educação, ao determinar os princípios que devem reger o ensino, indica que um deles é a gestão democrática. Mais adiante (art. 14), a referida lei define que os sistemas de ensino devem estabelecer normas para o desenvolvimento da gestão democrática nas escolas públicas de educação básica e que essas normas devem, primeiro, estar de acordo com as peculiaridades de cada sistema e, segundo, garantir a “participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola”, além da “participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes”. Nesse sentido, a gestão democrática da educação requer mais do que simples mudanças nas estruturas organizacionais; requer mudança de paradigmas que fundamentem a construção de uma proposta educacional e o desenvolvimento de uma gestão diferente da que hoje é vivenciada. Ela precisa estar para além dos padrões vigentes, comumente desenvolvidos pelas organizações burocráticas. Essa nova forma de administrar a educação constitui-se num fazer coletivo, permanentemente em processo, processo que é mudança contínua e continuada, mudança que está baseada nos paradigmas emergentes da nova sociedade do conhecimento, os quais, por sua vez, fundamentam a concepção de qualidade na educação e definem, também, a finalidade da escola. (Bordignon, p147)

Em nossa escola os pais, claro que aqueles que se disponibilização e mostram interesse em participar de todos os processos que envolvam a escola, tem total liberdade para participarem nas tomadas de decisões.

Mas creio que a Gestão Democrática para se tornar consolidada tem que envolver a comunidade. Existe uma certa resistência por parte da comunidade em participar, a população não tem que ver como uma obrigação e sim como um dever um direito. Temos um grupo de mães que participam ativamente, mas são aproximadamente 10%. Este grupo esta transformando nosso ambiente escolar, ficamos imaginando se fossem uns 50%.
 
Nossa escola está com problemas sérios de manutenção e um grupo de pais tomou iniciativa de reforma-lá. A escola recebe uma pequena verba para manutenção o restante os pais conseguem com doações e com a venda de roupas e objetos em um brechó.

A gestora utiliza critérios impessoais, objetivos e de vontade da maioria. Sua arrecadação e principalmente seus gastos são de conhecimento de toda a comunidade escolar. Numa gestão baseada no princípio democrático, a relação entre o funcionário público e o gestor se dá por meio de um contrato com regras fixas, claras e universais.

A participação de todos os profissionais seja gestores, professores e demais funcionários além é claro dos alunos, pais e da comunidade construíram uma "Gestão Democrática da Educação". E juntos devem elaborar não só o projeto pedagógico da escola, devem trabalhar juntos administrativamente de forma transparente e clara seja no arrecadação, uso e prestação de contas de recursos financeiros mas também nos demais assuntos que fazem parte da rotina escolar.


Referências:
BATISTA, Neusa Chaves. O Estado Moderno: da gestão patrimonialista à gestão democrática. Disponível em: < http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo5/organizacao_escola/modulo1/estado_moderno_gd_gp.pdf> Acesso em 28 maio 2017.

BORDIGNON, G.; GRACINDO, R. V. Gestão da educação: o município e a escola. In: FERREIRA, N. S. C.; AGUIAR, M. A. da S. Gestão da Educação: impasses, perspectivas e compromissos. São Paulo: Cortez, 2004, p.147.

DOURADO, Luiz Fernandes. MORAES, Karine Nunes de. OLIVEIRA, João Ferreira. Gestão Escolar Democrática: definições, princípios, mecanismos de sua implementação. 13 p. Disponível em:< https://moodle.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=1224443>. Acesso em 30 maio 2017.

PERONI, V.M.V. Mudanças no papel do estado e políticas públicas de educação: notas sobre a relação público/privado. In: PERONI, Vera; ROSSI, Alexandre. (Org.). Políticas educacionais em tempos de redefinições no papel do Estado: implicações para democratização da educação. Pelotas, 2011, v. , p. 23-42.

Disponível em: <https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr-1iX1OSad1AbuIzMQxvTWRXTMM_YZxlAa8-x_quMCl2FF5zBhMIcdr14l4eHNd969PRIYPlPI8IEgOdnKSYPfSd1GgMedsDy9zEAqmpEx69WOc6FQDVi-p5uXeA0xOBY0u055vCha-8/s640/196060_313826558709166_890434336_n.jpg>. Acesso em 30 maio 2017.

sábado, 27 de maio de 2017

O ser reflexivo e a construção do blog portfólio

Analisar os blogs, a princípio seria uma tarefa simples, porém após a leitura de cada postagem da colega Patrícia e comparando com as minhas postagens percebi o quanto ela vem  conseguindo relacionar e aproveitar as aprendizagens em sua prática em sala de aula.

Suas postagens envolvem sentimentos, anseios, angustias e amor pela profissão, por vezes seu blog se assemelha a um diário. E tem maneira mais rica e prazerosa do que conversar com um?

“Só o eu se aprende a si próprio. Como sujeito que se questiona a si mesmo, o eu consegue a autonomia.” (Habermas)

No blog/portfólio da colega senti ausência nas postagens iniciais de referências e de marcadores. Outra dica seria a cor de fundo do seu blog, as imagens dificultam a leitura de suas postagens.

Em nossa micro reunião, conversamos sobre nossos anseios e dificuldades para qualificar nossas postagens e expressar o que queremos. O olhar cuidadoso da colega e suas colocações sobre meu blog se assemelharam com as minhas. A releitura e a analise do meu blog proporcionaram um olhar distanciado.

Percebo que mantenho imensa dificuldade em relacionar os aprendizagens com minha prática em sala de aula e que deve acrescentar citações das leituras nas minhas postagens.

Entre as capacidades a desenvolver, a literatura da especialidade cita as de observar, descrever, analisar, confrontar, interpretar e avaliar Como a auto-avaliação implica a maior parte destas capacidades e coloca a responsabilidade no sujeito em formação, não admira que seja esta a estratégia que aparece referida com mais frequência. (ALARÇÃO, 1996, p. 9.)

Se auto-avaliar é um trabalho difícil mas também necessário, e como estamos aprendendo creio que houve um crescimento, espero que este feedback me ajude a melhorar e qualificar não só minhas postagens mas também qualificar a profissional que desejo ser.

Outro fator que achei bem interessante foi o fato da escolha da colega esta troca foi bem significativa porque nos escolhemos no acaso e aprendi muito com esta troca. O diferente nem sempre é ruim, o diferente acrescenta, somo e nos modifica.


Referência:
ALARCÃO, Isabel (Org.). Formação reflexiva de professores: estratégias de supervisão. Portugal: Porto Editora, 1996.

terça-feira, 23 de maio de 2017

LDBEN X PAC 241

Na primeira atividade da Interdisciplina Organização do Ensino Fundamental fomos convidados a assistir vídeos da Aula inaugural da Faced onde Jamil Cury, palestrante da noite abordou dos impasses históricos e da Lei de Diretrizes e Bases e principalmente o quadro que estamos vivenciando com as atuais incertezas políticas e a aprovação da PEC 241, que congela as despesas do Governo Federal, por até 20 anos.

Ele também alertou sobre a recente mudança no Ensino Médio, através de Medida Provisória. Esta medida separa vertiginosamente o ensino médio do ensino superior, formando assim na escola pública uma força de trabalho criando um abismo gigantesco para alcançarem o ensino superior. Também e abordou a proposta de cinco áreas de ênfase sem estruturação das escolas.

Com a aprovação da PEC fica impossível honrar os investimentos do Plano Nacional de Educação, aprovados em 2014, cuja sua meta principal seria a universalização da educação e dar seguimento no plano de carreira para professores da rede pública. Suprimir os investimentos na educação é impor uma qualificação precária para a população que está operando daqui vinte anos.


Imagem
Disponível em: <http://www.sinasefern.org.br/wp-content/uploads/2016/07/Charge_PEC-241.jpg>. Acesso em 23 de maio de 2017.



segunda-feira, 22 de maio de 2017

Mapa Conceitual

Neste semestre retomamos o estudo e a prática de trabalhar com "Projeto de Aprendizagem", porém o diferencial proposto pela Interdisciplina Projeto Pedagógico em ação foi colocarmos em prática nossos aprendizagens ou seja trabalhar com projetos com nossos alunos.

Certezas Provisórias e Dúvidas Temporárias não  faltaram e surgiu a tarefa de criarmos um mapa conceitual com nossos alunos. Na sala de aula construímos um mapa no papel, que posteriormente editei. Fiz um modelo diferente do elaborado no Eixo IV.


segunda-feira, 15 de maio de 2017

Feedback

O que você sempre quis saber sobre a vida adulta mas nunca teve a oportunidade de pesquisar?
Esta pergunta ponto de partida para as atividades da Interdisciplina Psicologia da vida adulta, nos fez refletir inúmeros questionamentos, anseios, dúvidas, medos e problemas que surgem nesta fase da vida. 
Uma das atividade era elaborar um PowerPoint de auxílio para a presentação final da pesquisa, porém além de realizar o material para a apresentação do nosso grupo, teríamos que visualizar e comentar o PowerPoint de outro grupo. 
Confesso que escolhi o PowerPoint por afinidade com o tema, gostei muito do tema da pesquisa do grupo " Maternidade X Carreira Mudanças", devo a mudança de carreira exclusivamente a maternidade. Quando perguntão por que escolhi ser professora admito que me tornei professora devido a maternidade. 
Conciliar a carreira profissional e a maternidade foi bem difícil, principalmente para quem não tem um suporte familiar (mãe, sogra, avó, etc.).
Gostei muito da apresentação das colegas, mas como é embaraçoso apontar alguns possíveis ajustes, sei que as vezes necessitamos de um olhar de fora para percebemos as alterações que serão necessárias para aperfeiçoar nosso trabalho. 
Apreciei a escolha do pano de fundo, ele tem uma cor bem sóbria distante dos frufrus que envolvem crianças mostrou que é possível sim adequar a carreira profissional a etapa "maternidade" da vida da mulher. A seleção de imagens também simpatizei pois demostra o quanto a mulher é multitarefas.
No entanto acredito que seja oportuno um pequeno ajuste na fonte, tamanho e uso de caixa alta trará simetria ao PowerPoint. Também senti falta das referencias no final dos slides.
Ufa esta missão foi singular, espero ter auxiliado as colegas.

Imagem:
Disponível em: <https://static7.depositphotos.com/1005979/765/i/950/depositphotos_7653508-stock-photo-giving-opinion-feedback-answering-question.jpg>. acesso em 15 de maio de 2017.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Resiliência

Neste semestre trabalhos em duplas e em grupo não faltaram, na Interdisciplina Psicologia da Vida Adulta não foi diferente, nosso grupo debateu na aula presencial qual seria nossas angustias e da fase “adulta” da vida e chegamos a um consenso que seria como conseguimos superar traumas da infância na vida adulta, conversando com a professora Tânia que nos sugeriu a resiliência como norte para nossa pesquisa.
Este foi um trabalho desenvolvido totalmente com o uso das mídias e tecnologias, criamos um grupo no whatssap onde diariamente dialogávamos e trocávamos ideias e debatíamos o tema, quando elaboramos o quadro de certeza e dúvidas nos questionamos se estávamos fugindo do foco que é a Resiliência.
Porém este reinventar, enfrentar e superar adversidades é resiliência, e seu conceito a cada dia é mais utilizado mostrando que a superação é algo constante na vida adulta. Por vezes a possibilidade de se transpor estes transtornos nem sempre são ultrapassados.
A tendência é evoluir e prosseguir, projetar seu futuro mesmo depois desses acontecimentos de traumas, atritos sofridos, seja ele dentro da família, na vida social, abusos e também violência.
Percebe-se que todo ser humano tem certa resiliência, mas esta capacidade é limitada, cada ser humano tem um limite pessoal para lidar com as adversidades, porem reverter os efeitos destes traumas deve-se exclusivamente a autoestima.



Referência:

ROCCA, Susana. Resiliência: uma perspectiva de esperança na superação das adversidades. IN: HOCH, Lothar Carlos; ROCCA, L., Susana M. (Orgs.). Sofrimento, resiliência e fé. Implicações para as relações de cuidado. São Leopoldo: Sinodal, 2007.

Disponível em: <https://angelitascardua.wordpress.com/2011/05/06/resiliencia/>. Acesso em 19 abril 2017.


Disponível em: <https://angelitascardua.wordpress.com/2011/05/06/resiliencia/>. Acesso em 19 abril 2017.

Disponível em: < https://www.significados.com.br/resiliencia/>. Acesso em: 19 abril 2017.

Disponível em: <https://mariababona.files.wordpress.com/2015/10/bullying-2.jpg?w=462&h=296>. Acesso em: 30 abril 2017.

Disponível em: <http://www.africaurgente.org/wp-content/uploads/2011/09/Crian%C3%A7as_Passando_Fome_na_Africa_2011-300x220.jpg>. Acesso em: 30 abril 2017.

Disponível em: <http://rrinterativo.com.br/wp-content/uploads/2013/03/crian%C3%A7as-e-adolescentes-vitimas-de-violencia.jpg>. Acesso em: 30 abril 2017.

Disponível em: <http://www.antroposofy.com.br/forum/wp-content/uploads/2015/12/chegar.jpg>. Acesso em: 01 maio 2017.


PA

Integrar as aprendizagens do PEAD com minha rotina de trabalho, porém com o passar dos semestres é algo inevitável. Neste semestre na interdisciplina Projeto Pedagógico além de trabalharmos em grupo na interdisciplina devemos desenvolver um Projeto de Aprendizagem com nossas turmas. Envolto em milhares de certezas e dúvidas meu projeto surgiu assim bem por acaso.

Trabalho com a disciplina de Língua Portuguesa anos finais, e tenho uma turma extremamente indisciplinada com problemas de relacionamento. Só de entrar na sala me causa uma certa aversão. Então resolvi trabalhar com eles alguns textos sobre respeito e relacionamento. E após a leitura realizamos um debate sobre o tema, questionei quais os principais problemas da turma, eles citaram os seguintes:

* Uso do celular;
* Eles não conseguem entender o que os professores falam;
* Gritos, porque o adolescente fala gritando;
* Impaciência;
* Educação, porque não são educados;
* Respeito ou falta de respeito.

Fiquei surpresa com a espontaneidade em que relataram e o como tinham consciência de que tudo isso prejudicava o nosso relacionamento. Sugeri que formassem grupos e escolhessem o tema que mais afetava o grupo, e que este tema seria ponto de partida para uma pesquisa.

Estou curiosa para concluir este projeto, espero saber como incentivá-los e motivá-los e assim desenvolvermos um bom projeto.

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