quarta-feira, 1 de junho de 2016

Brincar é coisa séria!


Nesta semana estudei “A Evolução do jogo” para a Interdisciplina Ludicidade e Educação, conheci os estádios de desenvolvimento da criança, em relação ao jogo tendo como base as pesquisas de Piaget, para ele o desenvolvimento é um processo continuo de aquisições sucessivas. Esse processo é caracterizado por diversas fases ou etapas distintas: o sensório-motor, o pré-operatório, o operatório concreto e o operatório-formal.

Sensório-motor: (0 ~ 2 anos)
Abrange do nascimento até os dois anos de idade (aproximadamente).
Nele a criança apresenta percepções sensoriais de forma global, sem valorizar os detalhes específicos dos objetos. Os esquemas sensório-motores são construídos a partir de reflexos do bebê.
Objetivos do brinquedo: desenvolver a capacidade de diferenciar os objetos, como também as concepções de espaço, tempo e construir as causalidades.

Pré-operatória: (2 ~ 7 anos)
Com o aparecimento da linguagem oral por volta dos dois anos, é chegada a fase pré-operatória que permite a criança dispor além de alguma inteligência, a possibilidade de desenvolver esquemas de ação interiorizadas que são os esquemas simbólicos.
O pensamento egocêntrico, voltado ao próprio sujeito é apresentado nesta mostra que a inteligência pode ser capaz de ações interiorizadas.
Objetivos do brinquedo: Especializar o esquema simbólico através do lúdico, faz-de-conta. Exercício: “significante, significado“, mediante a assimilação de um objeto qualquer ao esquema representado e ao seu objetivo inicial.

Operatório concreto (7 a 11 ou 12 anos)
Neste período o egocentrismo intelectual e social que caracteriza a fase anterior dá lugar à emergência da capacidade de estabelecer relações e coordenar pontos de vista diferentes dos seus e de integrá-los de modo lógico e coerente.
“Jogos de regras”: Se nas primeiras brincadeiras infantis e naquelas que envolvem situações imaginarias o prazer está no processo, nos jogos com regras o prazer é obtido no resultado alcançado, e no cumprimento das normas. Permitem a criança auto-regular-se, auto-avaliar-se, uma vez que as regras são estabelecidas a priori, e estão à disposição para que todos os participantes as conheçam mesmo sendo uma atividade lúdica da criança socializada. Desenvolvimento de uma “moral” a partir do respeito às regras do jogo.
Objetivos do brinquedo: Despertar o interesse por atividades mais complexas pois está quase entrando na fase da adolescência. Para estimulá-las pode-se utilizar jogos de estratégia, eletrônicos, de tabuleiro, experiências e jogos com perguntas e respostas de conhecimento geral.

Operatório formal (12 anos em diante)
Nesta fase a criança já consegue raciocinar sobre hipóteses na medida em que ela é capaz de formar esquemas conceituais abstratos e através deles executar operações mentais dentro de princípios da lógica formal. A criança adquire capacidade de criticar os sistemas sociais e propor novos códigos de conduta: discute valores morais de seus pais e constrói os seus próprios adquirindo, portanto, autonomia.
De acordo com a tese piagetiana, ao atingir esta fase, o indivíduo adquire a sua forma final de equilíbrio, ou seja, ele consegue alcançar o padrão intelectual que persistirá durante a idade adulta. Seu desenvolvimento posterior consistirá numa ampliação de conhecimentos tanto em extensão como em profundidade, mas não na aquisição de novos modos de funcionamento mental.
Objetivos do brinquedo: Estimular a assimilação dos conteúdos complexos de raciocínio através da socialização.





Referência


Disponível em: http://psicologiaebrincar.blogspot.com.br/2011/05/projeto-brincar-brincar-e-coisa-seria.html, visitado em 01 de junho de 2016.

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