Nesta semana estudei “A Evolução do jogo” para a Interdisciplina Ludicidade e Educação, conheci os estádios de desenvolvimento da criança, em relação ao jogo tendo como base as pesquisas de Piaget, para ele o desenvolvimento é um processo continuo de aquisições sucessivas. Esse processo é caracterizado por diversas fases ou etapas distintas: o sensório-motor, o pré-operatório, o operatório concreto e o operatório-formal.
Sensório-motor: (0 ~ 2 anos)
Abrange
do nascimento até os dois anos de idade (aproximadamente).
Nele a
criança apresenta percepções sensoriais de forma global, sem valorizar os
detalhes específicos dos objetos. Os esquemas sensório-motores são construídos
a partir de reflexos do bebê.
Objetivos
do brinquedo: desenvolver
a capacidade de diferenciar os objetos, como também as concepções de espaço,
tempo e construir as causalidades.
Pré-operatória:
(2 ~ 7 anos)
Com o
aparecimento da linguagem oral por volta dos dois anos, é chegada a fase
pré-operatória que permite a criança dispor além de alguma inteligência, a
possibilidade de desenvolver esquemas de ação interiorizadas que são os
esquemas simbólicos.
O pensamento
egocêntrico, voltado ao próprio sujeito é apresentado nesta mostra que a
inteligência pode ser capaz de ações interiorizadas.
Objetivos
do brinquedo: Especializar
o esquema simbólico através do lúdico, faz-de-conta. Exercício: “significante,
significado“, mediante a assimilação de um objeto qualquer ao esquema
representado e ao seu objetivo inicial.
Operatório
concreto (7 a 11 ou 12 anos)
Neste
período o egocentrismo intelectual e social que caracteriza a fase anterior dá
lugar à emergência da capacidade de estabelecer relações e coordenar pontos de
vista diferentes dos seus e de integrá-los de modo lógico e coerente.
“Jogos de
regras”: Se nas primeiras brincadeiras infantis e naquelas que envolvem
situações imaginarias o prazer está no processo, nos jogos com regras o prazer
é obtido no resultado alcançado, e no cumprimento das normas. Permitem a
criança auto-regular-se, auto-avaliar-se, uma vez que as regras são
estabelecidas a priori, e estão à disposição para que todos os participantes as
conheçam mesmo sendo uma atividade lúdica da criança socializada.
Desenvolvimento de uma “moral” a partir do respeito às regras do jogo.
Objetivos
do brinquedo: Despertar
o interesse por atividades mais complexas pois está quase entrando na fase da
adolescência. Para estimulá-las
pode-se utilizar jogos de estratégia, eletrônicos, de tabuleiro, experiências e
jogos com perguntas e respostas de conhecimento geral.
Operatório
formal (12 anos em diante)
Nesta
fase a criança já consegue raciocinar sobre hipóteses na medida em que ela é
capaz de formar esquemas conceituais abstratos e através deles executar
operações mentais dentro de princípios da lógica formal. A criança adquire
capacidade de criticar os sistemas sociais e propor novos códigos de conduta:
discute valores morais de seus pais e constrói os seus próprios adquirindo,
portanto, autonomia.
De acordo
com a tese piagetiana, ao atingir esta fase, o indivíduo adquire a sua forma
final de equilíbrio, ou seja, ele consegue alcançar o padrão intelectual que
persistirá durante a idade adulta. Seu desenvolvimento posterior consistirá
numa ampliação de conhecimentos tanto em extensão como em profundidade, mas não
na aquisição de novos modos de funcionamento mental.
Objetivos
do brinquedo: Estimular
a assimilação dos conteúdos complexos de raciocínio através da socialização.
Referência
Disponível em:
http://psicologiaebrincar.blogspot.com.br/2011/05/projeto-brincar-brincar-e-coisa-seria.html,
visitado em 01 de junho de 2016.
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