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Como reflexão e conhecimento, fomos
demandados na Interdisciplina Questões
Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História a realizar um censo
escolar de uma de nossas turmas analisando a diversidade através de diferentes
itens. O INEP através da obra “A cor ou raça nas estatísticas educacionais”
forneceu subsídios que embasaram esta atividade:
O Censo
Escolar da Educação Básica é um levantamento de dados educacionais de âmbito
nacional, que ocorre com periodicidade anual. É coletado de modo
descentralizado, em regime de colaboração entre União, estados, Distrito
Federal e municípios e tem caráter declaratório. O preenchimento do Censo
Escolar é obrigatório para todas as escolas públicas e privadas, de acordo como
o Decreto nº 6.425/2008, de modo que os diretores e dirigentes dos
estabelecimentos de ensino devem responder ao Censo e se responsabilizar pela
veracidade dos dados informados. Além de coletar informações sobre escolas,
turmas, profissionais escolares em sala de aula e estudantes nas diversas
etapas da educação básica, o Censo também colhe dados relacionados ao movimento
e ao rendimento escolar (transferência, aprovação, reprovação e abandono).
Analisei uma
turma de 7º ano porque a diversidade é um traço marcante nela. Esta turma é
composta por 22 alunos, a idade destes alunos é bem variada que vai de 12 anos
à 19 anos completos. Todos os alunos desta turma são de nacionalidade
brasileira e todos nasceram na capital do estado do Rio Grande do Sul.
Como podemos
perceber alguns alunos desta turma reprovaram mais de uma vez por diferentes
motivos como: evasão escolar, dificuldade de aprendizagem, etc. Percebe-se que
os alunos “especiais” são os que mais reprovaram.
Nos dados
cadastrais dos alunos também algumas informações são omitidas como a questão de
aluno especial diagnosticado, ou seja, com laudo e que os responsáveis preferem
que suprimido do seu cadastro. Esta turma é composta por 6 alunos “especial”
(termo do sistema) porém declarados são apenas dois.
Por tanto os
professores costumam avaliá-los como os demais alunos, nem existe uma
sensibilidade por parte dos professores. A menina de 19 anos é diagnosticada e
tem lauda com deficiência intelectual e mesmo assim reprovou muitas vezes.
O quesito
raça/cor também chama atenção visto que apenas dois alunos se declararam
pretos, e na realidade seriam 10 alunos. A maioria dos alunos se declarou etnia
branca. Os alunos desta turma apenas dois vão para escola de transporte
escolar, um deles é o aluno com laudo e declarado deficiência física locomotora.
Este aluno é atendido pela professora da sala de recursos.
Um progresso ou conquista que ocorreu
neste ano foi que: a professora da sala de recursos juntamente com a
coordenadora pedagógica conseguiram sensibilizar os docentes a avançarem um
aluno com altas habilidades que tinha reprovado muitas vezes por sofrer Bullying em
diferentes escolas que estudou e por fim acabava abandonando a escola.
Esta turma é atendida por oito profissionais com
ensino superior completo, dois profissionais possuem especialização. A
estrutura da escola é composta por Sala de multimídia, sala de informática,
biblioteca, sala de recursos pedagógicos, orientação educacional, rampas de
acesso e banheiro adaptado.
Este censo me fez perceber a importância da coleta de
dados e também como falta uma orientação para os responsáveis. Os dados devem
ser corretos e sempre atualizados para que não haja mais reprovações e evasão
escolar resultantes das peculiaridades omitidas no cadastro dos alunos.
Referência:
SENKEVICS, Adriano Souza. A cor ou raça
nas estatísticas educacionais: uma análise dos instrumentos de pesquisa do Inep
/ Adriano Souza Senkevics ; Taís de Sant’Anna Machado ; Adolfo Samuel de
Oliveira. – Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira, 2016.