quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Dialogicidade

Sintetizando o capítulo “Dialogicidade” da obra À Sombra desta mangueira” de Paulo Freire para a Interdisciplina Filosofia da Educação, temos como foco principal os termos “diálogo” e “educação” vocábulos que sugerem comunicação conduzida, ou seja, em sua obra Paulo Freire, disserta relevância do diálogo na educação e que a comunicação e o dialogo se complementam.
O diálogo é colocado como centro da transformação escolar, ele coloca que é necessário passar da ação antidialógica para a ação dialógica, da educação bancária para a educação problematizadora e libertadora, o que exige um novo modo de pensar a escola e as relações que nela se estabelecem.
Nessa perspectiva, Freire afirma que:
“A dialogicidade não pode ser entendida como instrumento usado pelo educador, às vezes, em coerência com sua opção política. A dialogicidade é uma exigência da natureza humana e também um reclamo da opção democrática do educador”. (FREIRE, 2000, pág. 74)

O dialogo deve ser uma troca e nunca um monólogo onde o professor fala e o aluno escuta, o professor deve estar aberto a perceber os anseios, dificuldades dos alunos, trazendo para a sala de aula uma troca entre professor e aluno.
O professor deverá estimular a curiosidade para assim construir e reconstruir seu conhecimento. O aprendiz só aprende quando as verdades estiverem abertas para novas possibilidades, entendimentos e concepções.
“É curiosidade a preocupação com a memorização mecânica de conteúdos, o uso de exercícios repetitivos que ultrapassam o limite razoavel enquanto fica de lado uma educação crítica da curiosidade. (FREIRE, 2000, pág. 76)

Também é abordado no texto a curiosidade espontânea comum entre a s crianças, principalmente nas menores. No decorrer da vida a curiosidade espontânea vai se dissipando praticamente por completo. Para Paulo Freire o pensamento crítico depende da transformação da curiosidade espontânea para a curiosidade epistemológica.
Para Freire:
"A seriedade do diálogo, a entrega à busca crítica não se confunde com tagarelice. Dialogar não é tagarelar. Por isso pode haver diálogo na exposição crítica, rigorosamente metódica, de um professor a quem os alunos assistem não como quem come o discurso, mas como quem aprende sua intelecção". (FREIRE, 200, pág.81)

Convém ressaltar o vocábulo “treinar”, os educadores treinam os educandos para seguir moldes estabelecidos pela sociedade como os corretos, sem contrapor-se. Diferenciadamente o educador progressista promove, provoca a curiosidade ingênua, e esta curiosidade seja estímulo para a busca do conhecimento, esta sim seria a verdadeira.
Imagem disponível em:<https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhP41J8zEZwGktNqwm9YJeUWu0YkIWzKUjJomnDK36XVkuVGaw2okhi5WTaMmtpM2XyvMxbZVi29oLAlGY7sSSYdmyGDIHHQr-MumhTB3ZLitafYtIdEiB7Htn_WO83AD-J3XDhPggKxI/s1600/ensinar+frase+Paulo+Freire.jpg>acesso em 30 out. 2017.

Referência:

FREIRE, Paulo. À Sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho D’água, 2000. p. 74 à 83.

Um comentário:

  1. Olá! Excelente relato de aprendizagem. Paulo Freire nós proporciona grandes reflexões!
    Att Glauber Moraes
    Tutor Seminário Integrador
    PEAD UFRGS

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