Sintetizando
o capítulo “Dialogicidade” da obra “À Sombra desta mangueira” de Paulo Freire para a Interdisciplina Filosofia da Educação, temos como foco principal os termos “diálogo” e “educação” vocábulos que sugerem comunicação
conduzida, ou seja, em sua obra Paulo Freire, disserta relevância do diálogo na
educação e que a comunicação e o dialogo se complementam.
O diálogo é colocado
como centro da transformação escolar, ele coloca que é necessário passar da
ação antidialógica para a ação dialógica, da educação bancária para a educação
problematizadora e libertadora, o que exige um novo modo de pensar a escola e
as relações que nela se estabelecem.
Nessa
perspectiva, Freire afirma que:
“A
dialogicidade não pode ser entendida como instrumento usado pelo educador, às
vezes, em coerência com sua opção política. A dialogicidade é
uma exigência da natureza humana e também um
reclamo da opção democrática do educador”. (FREIRE, 2000, pág. 74)
O dialogo deve ser uma
troca e nunca um monólogo onde o professor fala e o aluno escuta, o professor
deve estar aberto a perceber os anseios, dificuldades dos alunos, trazendo para
a sala de aula uma troca entre professor e aluno.
O professor deverá
estimular a curiosidade para assim construir e reconstruir seu conhecimento. O
aprendiz só aprende quando as verdades estiverem abertas para novas
possibilidades, entendimentos e concepções.
“É
curiosidade a preocupação com a memorização mecânica de conteúdos, o uso de
exercícios repetitivos que ultrapassam o limite razoavel enquanto fica de lado
uma educação crítica da curiosidade. (FREIRE, 2000, pág. 76)
Também é abordado no
texto a curiosidade espontânea comum entre a s crianças, principalmente nas
menores. No decorrer da vida a curiosidade espontânea vai se dissipando
praticamente por completo. Para Paulo Freire o pensamento crítico depende da
transformação da curiosidade espontânea para a curiosidade epistemológica.
Para Freire:
"A
seriedade do diálogo, a entrega à busca crítica não se confunde com tagarelice.
Dialogar não é tagarelar. Por isso pode haver diálogo na exposição crítica,
rigorosamente metódica, de um professor a quem os alunos assistem não como quem
come o discurso, mas como quem aprende sua intelecção". (FREIRE, 200, pág.81)
Convém ressaltar o
vocábulo “treinar”, os educadores treinam os educandos para seguir moldes
estabelecidos pela sociedade como os corretos, sem contrapor-se.
Diferenciadamente o educador progressista promove, provoca a curiosidade
ingênua, e esta curiosidade seja estímulo para a busca do conhecimento, esta
sim seria a verdadeira.
Imagem disponível em:<https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhP41J8zEZwGktNqwm9YJeUWu0YkIWzKUjJomnDK36XVkuVGaw2okhi5WTaMmtpM2XyvMxbZVi29oLAlGY7sSSYdmyGDIHHQr-MumhTB3ZLitafYtIdEiB7Htn_WO83AD-J3XDhPggKxI/s1600/ensinar+frase+Paulo+Freire.jpg>acesso em 30 out. 2017.
Referência:
FREIRE, Paulo. À Sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho D’água,
2000. p. 74 à 83.
Olá! Excelente relato de aprendizagem. Paulo Freire nós proporciona grandes reflexões!
ResponderExcluirAtt Glauber Moraes
Tutor Seminário Integrador
PEAD UFRGS