Apesar do crescente numero de jovens acessando os níveis fundamentais da
educação a permanência destes jovens ainda é algo a se trabalhar. A grande
maioria dos jovens negros não consegue permanecer e principalmente concluir o
ensino médio.
As pesquisas também mostram um crescente acesso no ensino superior,
oportunizadas pelas políticas publicas de financiamento de bolsas de ensino em
instituições privadas. Porém sobre outro prisma percebemos que os jovens negros
adentraram em instituições de ensino de qualidade não satisfatória. Ficando o questionamento
de Silvério[1] “Será
que eles terão formação adequada para entrar em empregos públicos e privados de
qualidade?”
Outra questão pontual a ser debatida é a questão de currículo, independentemente
o crescente número de jovens negros/pardos nas escolas e universidades, eles
não se identificam com os temas abordados no universo escolar. Segundo Maria Aparecida da Silva, a Cidinha,
presidente da ONG Geledés e coordenadora do projeto Geração XXI:
É a falta de preparo dos professores,
segundo Eliane Cavalleiro, autora do livro Do Silêncio do Lar ao Silêncio
Escolar: Racismo, Preconceito e Discriminação Racial na Educação Infantil, que
contribui para o alto índice de evasão escolar de alunos negros. "Isso
acontece porque eles não estão sendo positivamente aceitos. Eles não recebem o
mesmo tratamento desde o currículo - que não pensa de fato numa formação
histórica do Brasil com a participação da população negra - até as falas
pejorativas que ocorrem freqüentemente", argumenta. (SILVA, 2002)
Percebe-se que este jovem que outrora foi discriminado hoje esta
aprendendo a se defender e exigir respeito. O educador tem o dever de
compreender a condição racial dos alunos e promovendo a igualdade. E para a
criança negra a escola é seu primeiro enfrentamento a exclusão.
Tenho asseveração que com o crescente número de representatividade negra
em diferentes áreas e o aprender a confrontar seus medos e todos os obstáculos
que surgirem é o primeiro passo para o progresso e a permanência nos bancos
escolares. É urgente e inadiável a formação
democrática do jovem negro. Para reconhecer seus direitos e batalhar por
educação de igualitária e de qualidade.
Disponível em: <http://www.redeto.com.br/images/noticia/20151120234929_negros.jpg> acesso em: 2 nov. 2017.
Disponível em: http://www.revistaeducacao.com.br/acesso-de-negros-educacao-melhora-em-termos-quantitativos-mas-nao-qualitativos/>
acesso em 01 nov. 2017.
Acesso de negros à
educação melhora em termos quantitativos, mas não qualitativos. 13 de abril de 2017.
PAVAN,
Alexandre. Brasil negreiro. Edição de
setembro de 2002. Revista
Educação. Disponível em: http://www2.uol.com.br/aprendiz/n_revistas/revista_educacao/setembro02/capa.htm>
acesso em 01 nov. 2017.
[1] Dr. Valter Roberto Silvério. Doutorado em Ciências Sociais ,
UNICAMP (1999)/Pós-Doutorado: International Institute for the Sociology of Law
(2006). Professor Associado Linha de Pesquisa: Cultura, Diferenças e
Desigualdades Email: silverio@ufscar.br
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